Até a década de 50 as organizações não tinham seus clientes como prioridade em suas necessidades e satisfações, a produção era o seu foco maior. Com o início da mentalidade de marketing, o cliente passa a ser a estrela principal. A ênfase do relacionamento foi percebida como um instrumento fundamental para atração, retenção e fidelização de clientes.
São diversas as estratégias para conseguir a atenção do público consumidor e para transformar essa atenção em ação. No ambiente digital o poder de decisão do consumidor é ampliado, o que torna tanto a aprovação quanto a desaprovação de determinado produto ou serviço algo mais facilmente perceptível e mensurável que no ambiente real. Neste ambiente digital, novas estratégias são criadas e estão em constante mudança e aperfeiçoamento.
O Brasil em contexto
Veja alguns fatos interessantes:
- O Brasil cada vez mais tem adotado a internet como veículo de comunicação. Ao todo são 77,8 milhões de pessoas que possuem acesso à internet. A Nielsen indica que 86% dos usuários brasileiros acessam as Mídias Sociais, fazendo destas grandes ferramentas para o Marketing de Relacionamento, devido a possibilidade que ela fornece de comunicação com outros usuários e empresas. (25/10/2011 – A importância do Marketing de Relacionamento nas Mídias Sociais. Plínio Medeiros)
- Uma pesquisa da Deloitte em 2010 divulgou que 83% das empresas utilizam as Mídias Sociais para ações de Marketing e divulgação de produtos e serviços; 71% para monitoramento da marca ou mercado; 46% para vendas ou captura de oportunidades; 43% utilizam para suporte ao cliente, fornecedores ou parceiros de negócios; 40% para gestão do conhecimento; 25% identificação de talentos para contratação; 23% integração interna ou suporte a equipes; 17% para desenvolvimento de produtos ou inovação por meio de colaboração e 9% outras opções. (25/20/2011 – A importância do Marketing de Relacionamento nas Mídias Sociais. Plínio Medeiros)
Inserir uma empresa num ambiente de comunicação cuja função principal é estabelecer contato entre as pessoas é transformar as estratégias empresariais em parte da conversa. As plataformas permitem tirar dúvidas de forma rápida e individual, apresentar ofertas personalizadas, estabelecer contato direto com um consumidor interessado e que escolheu receber o conteúdo. Num contexto de marketing em que outras formas de atingir o consumidor tem sido consideradas invasivas ou desinteressantes, as mídias sociais se tornaram queridinhas de empresas e clientes.
“Como uma manada, o público está fugindo dos comerciais. Fugindo da inserção de produtos que soam gratuitos, na falta de uma ideia convincente por trás. Isso porque no marketing de hoje e no ambiente de mídia atual, somente os tolos ou os muito ingênuos confundem presença com impacto. ‘Presença é fácil, Impacto é difícil’”. (Donaton, Scott. Publicidade + entretenimento: Por que essas duas indústrias precisam se unir para garantir a sobrevivência mútua/tradução Álvaro Opermann – São Paulo: Cultrix, 2007.)
A forma de utilização dessas mídias, entretanto, precisa ser planejada e focada em objetivos definidos.
O valor de entretenimento
O público de qualidade pede para interagir com a marca. Quando isso acontece, é o casamento perfeito entre publicidade de marca e marketing direto. O botão compartilhar é o atestado perfeito de que tal conteúdo é tão relevante e interessante, que merece ser visto pelos meus amigos como se fosse produzido por mim mesmo.
A verdadeira alma de qualquer ação está nas ideias e em suas estratégias. Qualquer ação em mídias digitais – não apenas as sociais – ainda necessita, e na minha opinião, sempre necessitará de uma âncora real. Esta âncora inclui a qualidade do produto, o atendimento nos pontos de venda, a forma como a marca é vista pelo consumidor. No Brasil, as redes sociais analisadas exemplificam as demais, que encontram sucesso em estratégias integradas de comunicação. O que se quer é uma conexão visual com a marca ou pessoal? As ferramentas de mídias sociais, quando utilizadas estrategicamente tornam a relação pessoal e individual. A marca se torna mais que uma marca, mas a minha marca, que conversa comigo, que responde, sabe que eu existo enquanto indivíduo único.
A visibilidade da marca nas mídias tradicionais é uma oportunidade e tanto para estabelecer comunicação com a marca. É como alguém que você conhece, mas nunca trocou uma palavra. É preciso ativar essa rede de conexões e é aí que entram as mídias sociais. Neste contexto os meios de comunicação tradicionais não desaparecem, mas mudem seu papel. Campanhas que mostram endereços de páginas no Facebook ou no Twitter e que possuem sua continuidade nessas plataformas buscam a integração dos meios através de uma ação do consumidor. Ele, voluntariamente, procura a continuidade da história*.
Fecho então este artigo com uma reflexão. O Vice-Presidente do Facebook na América Latina acredita que o mais importante em ações de empresas é “colocar as pessoas no centro da estratégia, pensar no conteúdo e só depois na ferramenta. O que mudou foram as ferramentas. Continuo perguntando para os meus amigos, indicando e comentando sobre um bom restaurante”, explica.
E você, concorda com ele? Se você tivesse sua empresa, ela estaria nas mídias sociais? Deixe sua opinião nos comentários. Até a próxima!
Fonte.: produzindo.net
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